domingo, 4 de outubro de 2009

ocalização, clima, vegetação e IDH de Picuí



Localização

Longitude: -36.340º
Latitude: -6.555º
Mesorregião: Borborema
Microrregião: Seridó Oriental

Distância à Capital - 244.10 Km
Área - 665.57 Km²

Densidade Demográfica/2000 - 24.4 hab/Km²
Altitude da sede - 439 m

Limites:

Limita-se ao NORTE com o Estado do Rio Grande do Norte; ao SUL, com Nova Palmeira, Pedra Lavrada e Baraúna (PB); ao LESTE, com os municípios de Cuité e Nova Floresta (PB); e ao OESTE, com o município de Frei Martinho (PB) e Carnaúba dos Dantas (RN).

Acesso

O acesso a partir de João Pessoa é feito, inicialmente, através da rodovia federal BR-130, em trecho de 191km até a cidade de Soledade, passando por Campina Grande.

Clima

O clima é do tipo semi-árido (desértico), quente e seco, com temperatura média de 26º.

Vegetação

A vegetação nativa predominante no município é a Caatinga, do tipo arbustivo-arbórea, destacando-se a jurema, marmeleiro, mandacaru, xique-xique, facheiro, macambira e árvores de pequeno porte como catingueira, umburana e juazeiro. Postado por prof. Robson Rubenilson.

IDH

2000 -Média: 0.606

IDH- Renda
0.526

IDH- Longevidade
0.594

IDH-M Educação
0.698

fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

Estimativas da População

2001 - 18066
2009 - 19455


Fonte: IBGE

Economia de Picuí


Economia

As atividades econômicas que compõem a renda do município são distribuídas na agricultura, pecuária, comércio, serviços e indústrias com destaque para extração mineral através do granito, a mica, o caolin e tântalo. Picuí está entre os municípios que mais exportam na Paraíba, ocupando a 10ª posição no ranking estadual, com participação de 0.2% nas exportações do Estado, segundo dados publicados na Revista Análise (Anuário 2005-2006), sendo o município que mais se desenvolveu no Estado da Paraíba em 2005, com um crescimento em torno de 39% em arrecadação de ICMS, conforme dados da Secretaria de Estado da Receita.

História de Picuí


Síntese histórica



As primeiras incursões para colonização de Picuí ocorreram entre 1704 e 1706, quando o Presidente da Província da Paraíba era Fernando Barros Vasconcelos. No dia 26 de dezembro de 1704, Dona Isabel da Câmara, Capitão Antônio de Mendonça Machado, Alferes Pedro de Mendonça Vasconcelos e Antônio Machado requereram, e obtiveram por sesmaria, três léguas de terra (18 km) no riacho chamado PUCUHY. Posteriormente, no inicio do século XIX, outras famílias que vinham dos estados vizinhos requereram e obtiveram sesmarias nesta região, onde implantaram propriedades e algumas fazendas de gado, entre elas estavam Conde D'Ávila, Joaquim José da Costa, Capitão Antônio de Mendonça Machado, Lázaro José Estrela, João Ferreira de Farias, Maximiano José da Costa, Antônio Ferreira de Macedo, Estevão José da Rocha e Vicente Ferreira de Macedo.
No local onde hoje se encontra a igreja matriz ficava o curral de gado da fazenda de Lázaro José Estrela. Ele havia cavado uma cacimba na confluência dos rios das Várzeas e do Pedro e, nos períodos de estiagem, abastecia os moradores das adjacências. Essa cacimba era bastante freqüentada por uma espécie de pomba, conhecida como Pucuhy, que, em suas águas, saciavam a sede. Por esta razão, o local passou a ser chamado de Pucuhy. Posteriormente o nome foi mudado para Picuhy - uma palavra composta, unindo Pico (da serra Malacacheta) ao hipsilon (Y), forma da confluência dos dois rios. Na nova ortografia, o nome passou a ser escrito Picuí.
Entre 1750 e 1760, novas correntes de povoamento se registraram com a aquisição de algumas propriedades, que tinham sido instaladas pelos primitivos. O povoamento inicial da região ocorreu onde hoje se encontra o município de Pedra Lavrada, tendo sido construída a primeira capela em 1760. No ano de 1856, o Nordeste brasileiro foi cenário de uma terrível epidemia de cólera-morbo, que matou milhares de pessoas. Os moradores da região, assustados com a mortandade e liderados pelo Coronel José Ferreira de Macedo, decidiram recorrer ao Mártir São Sebastião e juntos fizeram uma promessa ao santo. Após constatarem que não havia mais o surto da doença começaram a construir a capela de São Sebastião, hoje matriz de São Sebastião, padroeiro da cidade. Paralelamente à construção da capela, o Coronel construiu a primeira casa do povoado, conhecida como "A Venda Grande". Ele ocupou o cargo de fiscal e, com o seu prestígio, conseguiu trazer para o aglomerado o primeiro mestre-escola, o primeiro costureiro de roupas masculinas e o primeiro mestre de música. Dizem até que foi ele quem sugeriu o acréscimo de Triunfo ao nome de São Sebastião.
No dia 3 de setembro de 1857, o Padre Francisco de Holanda Chacon, de Areia, celebrou a primeira missa e, em volta da capela, surgiu o povoado de São Sebastião do Triunfo.Em 1874, através da Lei Provincial nº 597 de 26 de novembro, foi criado o Distrito de Paz da Povoação de São Sebastião do Triunfo. O distrito passou a chamar-se apenas de Triunfo. Mas, em 1888, quando a povoação foi elevada à categoria de vila pela Lei Provincial nº 876 de 27 de novembro, o nome passou a ser Picuhy.
O município de Picuí foi criado pelo Decreto nº 323 de 27 de janeiro de 1902, sendo instalado no dia 9 de março, a Lei Estadual nº 212 de 29 de outubro de 1904 mudou a sede do município de Cuité para Picuí. No ano de 1924, em 18 de março, Picuí passou ao posto de cidade através da Lei Estadual nº 599. Ao longo do século XX diversos municípios se desmembraram de Picuí, a exemplo de Cuité/Barra de Santa Rosa (1936), Nova Floresta (1959), Pedra Lavrada (1959), Cubatí (1959) Frei Martinho (1961) e Baraúna (1996). Postado por prof. Robson Rubenilson.



Fonte: Abilio César (Esboço histórico), Famup e Projeto Repensando Picuí

Aspectos culturais de Picuí


Aspectos culturais de Picuí



Um dos maiores patrimônios culturais do nosso município é a Filarmônica Coronel Antônio Xavier de Macedo, que, há mais de um século, traz às ruas de Picuí velhos, jovens e crianças, e faz a alegria das festas religiosas e políticas desta cidade. Além da Filarmônica Municipal, nossa cultura conta com várias fanfarras, picuienses de renome em muitos dos seus setores: José Crisólogo (artista plástico); Antônio Henriques Neto (poeta); Maria Áurea Ferreira (Nenen poetisa) Felipe Tiago Gomes (Comendador da Educação Brasileira); Marcos Macedo (músico); o humorista Rossini Macedo, que desponta no cenário nacional com o personagem “Tonho dos Couros”, além de diversos grupos musicais, mais de dez quadrilhas e um grupo de xaxado – “Guerreiros do Sol”.

Filarmônica Cel. Antonio Xavier

Fundada em 1880, por iniciativa do Cel. José Ferreira de Macedo, e revitalizada pelo líder político Cel. Antonio Xavier, a Banda de Música de Picuí é hoje a terceira banda de música mais antiga do Estado da Paraíba. Composta atualmente por 30 músicos, tendo como maestro o Sr. José Carlos da Silva, apresenta um repertório bem diversificado, do clássico ao moderno, encantando todos com suas tocatas e retretas nos eventos do nosso calendário festivo.

Quadrilha Fogo no Rabo

Uma das mais antigas quadrilhas de Picuí é a Fogo no Rabo, que mantém a tradição da comunidade do bairro Monte Santo.A Quadrilha, vencedora do I Concurso de Quadrilhas Juninas- edição 2006. Participa do Festival da Carne-de-Sol. Durante suas apresentações, a "Fogo no Rabo" faz uma homenagem ao professor Felipe Tiago Gomes, fundador da CNEC, que é picuiense.

Quadrilha "Me chama que eu vou"

Garra, desenvoltura e muita criatividade faz com que a quadrilha "Me chama que eu vou" - do bairro Pedro Salustino - abrilhante as festividades juninas em Picuí.

Grupo de dança "Guerreiros do Sol"

O grupo de dança "Guerreiros do Sol" foi criado em junho de 2005. Composto por adolescentes do programa social Agente Jovem de Desenvolvimento Humano, o grupo tem 25 componentes e apresenta danças folclóricas.

Sítios arqueológicos

O município conserva em alguns de seus lajedos inscrições rupestres que formam sítios arqueológicos, além de algumas gravuras identificadas isoladamente. Cerca de 11 sítios arqueológicos compõem esse patrimônio cultural e histórico, além de muitos outros que já foram encontrados e estudados pelos alunos do Projeto Repensando Picuí e pela equipe Trilhas da Caatinga, mas que faltam catalogação científica.

Sítio arqueológico Cachoeira do Pedro

Cachoeira do Pedro ou "Vale Encantado"Localizado no sítio Pedro, a 6 Km da cidade, este sítio arqueológico apresenta inscrições na tradição Itacoatiara . As gravuras estão distribuídas em cerca de 11 painéis que se apresentam em bom estado de conservação, embora tenham pichações próximas e sobre algumas gravuras. O Sítio arqueológico Cachoeira do Pedro pode ser considerado o maior sítio arqueológico do município, em virtude do número de painéis e das formas emblemáticas, muito semelhante aos grafismos presentes no Sitio Arqueológico Pedra do Ingá (PB).

Sítio arqueológico Pedra do Tubiba

O painel da Pedra do Tubiba no Sítio Volta encontra-se em estado de conservação razoável com desgaste natural acentuado. Também de superfície lisa, as gravuras bem próximas ao chão, apresentam contornos pintados de vermelho. A maioria dos traços é vertical. Algumas representações são emblemáticas, a exemplo das Emas. Podemos citar também as muitas fileiras de figuras geométricas.

Sítio arqueológico Abrigo do Poço

Cinco gravuras, em bom estado de conservação e superfície rochosa lisa, compõem o “Abrigo do Poço” na comunidade Conceição. Esse painel não é profundo e está abrigado por blocos abatidos, em um vale de rio.

Cemitério Indígena

Na Fazenda Malhada de Dentro, mais precisamente na vertente do riacho “Cachoeira do Mulungu”, em uma área de aproximadamente 400 m, existe um cemitério indígena a céu aberto com montículos de quartzo amontoados.

Sítio arqueológico Cachoeira das Pinturas

Este sítio fica localizado na Fazenda Cacimba das Cabras. Apenas um painel com gravuras pouco profundas e contornadas com pigmento vermelho forma a Cachoeira das Pinturas. No entanto, podemos encontrar algumas figuras isoladas não contornadas e ainda menos profundas.

Praça Temática

A Praça Temática “José Líbio Dantas” é uma construção moderna que apresenta as principais características do município de Picuí: o minério explorado na região, como o granito bordô; a fauna, com esculturas de alguns animais; a flora, plantas nativas como os cactos: coroa-de-frade, macambira, xiquexique, mandacaru e palma; e a escultura de um churrasqueiro - “Seu Quenca” - servindo a carne-de-sol, marca de Picuí.Uma curiosidade da Praça são as esculturas dos animais: o bode, o jumento, o cavalo, a cabra, a vaca e o touro, figura onipotente que recepciona o turista. Esculpidas pelo artista plástico picuiense José Crisólogo, as esculturas foram confeccionadas em fibra de vidro e cimento e apresentam tamanho natural, o que as torna bem reais.

Desfile Cívico-Escolar

Em alusão às comemorações da Independência do Brasil, a Prefeitura de Picuí, através da Secretaria de Educação, resgatou o desfile cívico-escolar.Cerca de cinco mil alunos das redes de ensino municipal, estadual e particular percorrerem as principais avenidas da cidade com um diferencial: o desfile resgatou a veia cultural e artística do povo de Picuí, através de uma multiplicidade de temas. Um público de aproximadamente 10 mil pessoas prestigia anualmente o evento. Na avenida o público presente fica extasiado com o banho de cultura, a criatividade dos professores e o entusiasmo do corpo discente. A cidade literalmente para ao assistir ao desfile escolar, que é conduzido pela centenária Filarmônica “Coronel Antônio Xavier de Macedo”, de Picuí, e pelas bandas e fanfarras do município e cidades vizinhas como Pedra Lavrada e Barra de Santa Rosa na Paraíba, Coronel Ezequiel, Jaçanã e Carnaúba dos Dantas do Rio Grande do Norte.
Festival da Carne-de-Sol

O evento reúne o melhor da gastronomia das regiões do Curimataú e Seridó, com destaque para a Carne-de-Sol mais famosa do país.É realizado um grande Festival, com um enfoque diferenciado dos tradicionais carnavais e são-joãos fora-de-época tão comuns nos municípios paraibanos. Uma ampla programação de shows, arraial gastronômico, concursos, monumentos à carne-de-sol, seminários e palestras temperam ainda mais o diferenciado Festival, ainda é realizado exposição de animais e produtos do Curimataú e Seridó, onde reuni o melhor do artesanato e dos bens culturais da região.Outro atrativo do Evento é o Concurso da Rainha da Carne-de-Sol.

Festa de São Sebastião

Em janeiro os devotos de São Sebastião comemoram o Santo Padroeiro no dia 20.Padroeiro de Picuí, São Sebastião consegue trazer todos os anos a sua terra natal os picuienses ausentes.Com uma programação religiosa e social a “Festa de Janeiro”, como é conhecida, acontece há 151 anos.Na programação religiosa a Procissão é o ápice da devoção e admiração que os católicos têm pelo santo, seguido do leilão e do novenário. Já na parte social a festa é repleta atrações: shows, corrida de jegue e a tradicional retreta feita pela Filarmônica Coronel Antonio Xavier de Macedo

Caminhada Ecológica em Picuí.

Desde 2009 que acontece a Caminhada Ecológica em Picuí. Organizada pelo grupo “Trilhas na Caatinga”, em parceria com a Prefeitura de Picuí, Banco do Brasil e comércio local, a caminhada tem um percurso envolvente.Em uma da trilhas o ponto de partida é o sítio arqueológico Cachoeira do Pedro, com final no sítio Cacimba das Cabras, sítio arqueológico do município.O objetivo da caminhada é divulgar as riquezas naturais e arqueológicas do município.