quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Silvino de Macedo: Herói picuiense


Amigos de Picuí

Peço um pouco de atenção

Pois quero contar a história

De um herói desta nação

É o sargento Silvino de Macedo

A quem faço alusão


Considerado por Dr. Felipe

“o maior exemplo de coragem”

Viveu em nossa terra

Seus tempos de molecagem

Mas foi no Rio e Recife

Que mostrou sua imagem


Foi mártir de um ideal

No início da República

Desafiou um presidente

Em defesa da coisa pública

Falar em democracia

Foi sua ultima súplica

Foi executado com bravura

Típico de um grande herói

Não se curvou ao inimigo

Mostrando como se constrói

A figura de um sargento

Que o tempo não destrói


Silvino Honório de Macedo

De Picuí é natural

Nasceu na Rua Cel. Lordão

Casa Nº em 9 especial

Benta Maria da Conceição

Foi sua figura maternal


Na igreja de São Sebastião

Silvino foi batizado

Por Manuel Franklin de Souza

Um pároco respeitado

Em nome do santo guerreiro

O menino foi abençoado


Ainda criança em Picuí

Na fazenda umburana

Eram comuns as traquinagens

Muitas vezes leviana

Como furar o pé com xiquexique

Fingindo ser cobra caninana


José Luciano de Macedo

Seu pai, um lutador

Manda pegar a família

Por um amigo vendedor

João papagaio, no lombo jumento

Foi quem fez este favor


Pouco tempo em Recife

Ingressa na marinha

Ainda como aprendiz

Pois idade não tinha

Com tempo sargento

Quem sabe um dia pracinha


Já no Rio de Janeiro

Apoiou a proclamação

Na República de Deodoro

Defendeu a Constituição

Não aceitou, entretanto

Do presidente a abdicação


Como deodorista convicto

A renuncia não aceitava

Lutou contra Floriano

O presidente que entrava

Defendendo a carta magna

Que ele acreditava


Durante a crise política

Liderou uma revolta

Foi na fortaleza Santa Cruz

Buscando uma reviravolta

Enfrentou o marechal de ferro

Sem nenhuma escolta


Entendia que Floriano Peixoto

Não era legítimo presidente

Pois não foi eleito pelo povo

E se mostrava intransigente

Portanto, era preciso

Defender a lei vigente


Não teve sucesso, foi preso

Por sua coragem ganhou anistia

Mas não se vendeu a Floriano

Continuou com autonomia

Por isso foi novamente detido

Contrariando a democracia


Em janeiro de 1894

Quando a Recife voltava

Por um soldado foi abordado

Quando uma lembrança comprava

Não reagiu um só momento

Pois medo não demonstrava


O general Leite de Castro

Um conselho logo formou

Ilegítimo, é verdade

Mas nada adiantou

O destino de Silvino

Foi ele quem selou


A sentença de seu desafeto

Floriano Peixoto

O marechal de ferro

Disse com seu jeito ignoto

“Fuzile sem formalidades”

Esse rebelde garoto


Embaixo de uma mangueira

Sob as ordens do xerife

Próxima a matriz dos afogados

Marque o lugar, grife

Silvino Honório de Macedo

Foi fuzilado em Recife


O mártir da imbiribeira

Como ficou conhecido

Dava a voz de comando

Quando ouviu o estampido

“Direto ao coraçã...”

Quando caiu combalido


O sargento picuiense

Que defendia a legalidade

Foi sepultado em Recife

Com a maior naturalidade

Como se este herói

Não merecesse nossa paternidade


Mas Felipe Tiago Gomes

Defendeu sua origem

Acabando com as dúvidas

Que a nós sempre afligem

Valorizando nossa história

Novas páginas redigem


Hoje vemos o mausoléu

Feito em sua homenagem

Entendemos a lição

Que ficou com sua imagem

De um jovem picuiense

Que enfrentou a morte com coragem


Robson Rubenilson

15/02/2009





quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Picuí explodiu Hiroshima?



Durante a Segunda Guerra, americanos teriam se instalado no sertão brasileiro, de onde extraíam urânio para a fabricação de armas
Bernardo Camara( história nacional)

Pelos caminhos do sertão do Seridó, na Paraíba, as lendas brotam como xique-xique, e uma delas chama atenção pelo inusitado. Rica em minério, a região teria sido procurada por militares americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Com seus jipes e cabelos claros, eles chegaram atrás do urânio, que enviavam à terra natal para a fabricação de armamentos bélicos. Foi a bomba atômica cair sobre os japoneses e os paraibanos não tiveram dúvida: o sertão tinha um pezinho na explosão de Hiroshima.

Em andanças pela cidade de Picuí, não faltam testemunhas da chegada dos ianques. “Eram uns galegões. Mister MacLaine, Mister Maclu, Seu Daivid”, recorda Valdo Medeiros de Araújo, de 80 anos. Garimpeiro, ele é um dos moradores que trabalharam na extração e venda de minérios para os americanos.

A história será contada no documentário “Urânio Picuí – Produto brasileiro/Tipo exportação”, dirigido pelos jovens Tiago Melo e Antônio Carrilho, e que está sendo rodado durante este mês. Nascido na região, Tiago cresceu ouvindo histórias de garimpo. A de Hiroshima não lhe saiu da cabeça, e quando terminou o curso de Cinema, decidiu que iria registrar toda a oralidade que rodava a região.

Ele passou quatro anos pesquisando as lendas de Picuí. Para tanto, não precisou de muito tempo em bibliotecas e arquivos públicos. Com pouquíssimo material escrito sobre o assunto, o levantamento foi in loco, no sofá das casas de antigos habitantes. “Nós fomos conversando com velhos garimpeiros e eles iam contando suas histórias”, diz, comentando que o “causo” da bomba atômica é dos mais populares: “Toda a cidade conhece”.

A irmã de Valdo, Rita Medeiros de Araújo, de 84 anos, é uma das que gostam de prosear sobre o tema. Ela tinha 26 quando chegaram os primeiros jipes, carregados de máquinas que as minas do sertão mal sabiam que existiam. Convidada a trabalhar na lavagem de roupa dos recém-chegados, ela sempre cruzava com os militares. “Tinha pouca conversa com eles. Mas com tanta pedra bonita, eles repetiam com aquele sotaque: ‘Brasil rico! Brasil rico!’”, relembra. Postagem: prof. Robson.

Tiago conta que os visitantes trouxeram o que havia de mais moderno na época para a extração dos minérios. “Eles chegavam às propriedades e deixavam maquinário, dinamite, compressor e outras ferramentas. Uma vez por semana, voltavam para recolher os equipamentos e pagavam pelo serviço desses garimpeiros um preço bem baixo”, diz. “Não havia leigos. Eles sabiam onde havia minério, já trabalhavam com isso em outros cantos”, afirma o cineasta. Com o material reunido, dirigiam-se para o Rio Grande do Norte, de onde mandavam o produto para os Estados Unidos de navio.

A presença dos americanos no sertão durou o período da guerra. Em 1945, arrumaram as malas e foram embora. De lembrança, deixaram algumas construções erguidas na época em que se instalaram em Picuí. E um bocado de histórias que continuam na boca e no imaginário do povo.

domingo, 8 de novembro de 2009

O carnaval em Picuí

O Carnaval de Picuí



O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média . O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX . A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no Carnaval francês para implantar suas novas festas carnavalescas.
A festa carnavalesca surge a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a idéia de "afastamento" dos prazeres da carne marcado pela expressão "carne vale", que, acabou por formar a palavra "carnaval". Em geral, o Carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras), último dia antes da Quaresma. Nos Estados Unidos, o termo mardi gras é sinônimo de Carnaval.No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.
Em Picuí o carnaval era, inicialmente, uma festa destinada quase que exclusivamente a elite local. Eram filhos de fazendeiros, professores, médicos, advogados, comerciantes que se reunião no antigo Picuí clube com seus blocos a exemplo de " os caras brancas" para festejar as noites de carnaval. Foi na Administração do prefeito Felizardo Bezerra que, devido sua proximidade com a camada popular que eram seus eleitores, foi construído o atual Picuí clube, destinado as festas populares, inclusive o carnaval. Outro nome que merece destaque no carnaval de Picuí é o senhor Antonio de Bina que, a frente do bloco " os caras pretas", democratizou o carnaval estimulando a participação popular.


Atualmente em Picuí, o carnaval constitui-se como uma expressão tipicamente popular. As crianças saem às ruas com seu batuque, farinha, apitos e fantasias. A animação é comandada pelos blocos populares como o "bloco de Lena" e o Carnaboneca, por exemplo. Nos bairros ocorre o típico "mela mela" onde as crianças e adultos jogam farinha, ovos, água, tinta, espumas uns nos outros. Fantasiados com diferentes trajes, muitos homens saem como mulher merecendo destaque o desfile do bloco " as virgens do Limeira" onde a comunidade prestigia com muita descontração. Na zona rural, além das festas nas bodegas ou em casa com os amigos, são muito comuns os banhos de açude, onde parte da população participa, já que outros procuram festejar o carnaval nas cidades vizinhas, geralmente o litoral como Natal e João Pessoa.

Veja alguns dos importantes nomes que fazem do carnaval de Picuí :

Carmilenia da Silva Caetano, mais conhecida por Lena é filha Terezinha de Jesus e Agenor da Silva e reside atualmente no centro da cidade de Picuí.
Lena diz que seu carnaval era feito com muita alegria, pulando e agitando ao ritmo de frevo, pois mesmo sem nenhuma orquestra faziam a festa com a batucada de latas que os participantes levavam durante o desfile. As pessoas que participavam iam sem trajes, outros de panpagú, palhaço, cigana, homens, buchuda etc.
Ela mesma organizava os blocos, como o Empurra que lá vai eu, assim como fazia muitas fantasias. Várias pessoas participavam como Antonio de Bina, Delmiro e Tico do moco por exemplo.

Zé da luz, filho de Severino Avelino e Josefa Ferreira, reside atualmente na Rua Antonio Maria Dantas no bairro JK em Picuí. Há pouco tempo atrás o nosso carnaval era bem diferente, não tinha quase instrumentos como hoje, os grupos saiam pela feira e mercado arrecadando dinheiro para organizar o bloco. Usávamos máscaras, tinha o bloco do Zé pereira onde todos pulavam e brincavam em volta de um cabeção, tinha ainda os papangús, algumas pessoas se vestiam de generais. Alguns blocos marcaram época como bloco cara preta, o bloco passo de ema, e o bloco só canela. Com o tempo foram surgindo os instrumentos de percussão que davam o tom do carnaval de Picuí.
Degelson Luiz, filho de Luiz Neto e Maria José Azevedo reside hoje na Rua João Antonio da Silva, bairro Pedro Salustino aqui em Picuí. Sempre gostou de pular o carnaval, onde as pessoas pintavam o rosto, tinha uma charanga, onde ele tocava surdo e pandeiro. Na época os blocos não tinham nenhum apoio, cada pessoa fazia sua própria fantasia. Com o tempo criaram o bloco carnaboneca, onde reúne os amigos que dividem as despesas das camisas e bebidas. O Bloco conta ainda com um carro de som que anuncia e reúne a meninada por onde passa com a fantasia da boneca, símbolo maior do bloco.
Etiene de Souza é filho de José Moreira de Souza e Francisca de Andrade, e reside atualmente Rua Garcia do Amaral, sendo talvez o maior símbolo do carnaval de Picuí nos últimos anos. Ele relata que o carnaval de Picuí sempre foi muito divertido, reunia muita gente nos blocos, mas principalmente nas calçadas com muita animação para ver a passagem dos componentes em especial o “Índio”. A meninada se divertia com água e muita farinha de trigo. Era um carnaval com muita paz. Os principais blocos eram os Caras Pretas e os Caras Brancas, tinha ainda o bloco do Zé Pereira e as fantasias.

Clisaldo Cordeiro, filho de Manuel Pacifico e Maria da Penha, mora hoje na Rua Joventina Henriques. Gostava dos blocos que existia, principalmente das fantasias que as pessoas usavam como padre, urso, mulher, coelho. Todos gostavam de rir deles, era uma felicidade só.
Josinaldo Medeiros mora no Sitio São Francisco e disse que gostava do tempo de carnaval devido à folia que todos faziam. Tomava muita cachaça, algumas pessoas jogavam farinha de trigo e coloral. À noite era animada por muito frevo. Tinha um trio de arrasta pé formado pelos amigos, que se encontrava ao final na ponte do rio Picuí.

Severino dos Ramos Gomes Bento, mais conhecido como Ramos de Bedega é filho Francisca Bento e João Bento, reside na Rua Severino Ramos da luz. Já participou de muitos blocos como o Bloco Zé Pereira, onde seu amigo tonheca andava com o cabeção pelas ruas e se encontrava com o bloco de Etiene e Antonio de Bina. Ramos diz que o carnaval da época era mais divertido que o de hoje, pois eram comuns as batucadas de lata. Sua fantasia mais famosa é de mulher, sendo conhecido como Vitória de Bedega.

Edvlado Dantas, filho de Ana Emilia e José Severiano, mora no Sitio Poço de Onça. Lembra do Bloco Os Caras Pretas que reunia os foliões no Picuí Clube. Era comum ver as pessoas com diferentes fantasias como índio e mulher, por exemplo. O carnaval de sua época era considerado muito bom. Fazia muita graça com o bumba meu boi. Edvaldo diz que gostaria de voltar os velhos tempos, as lembranças de seu tempo de moço.
Estélio de Macedo reside Rua Maria Juliana das Chagas. Falou que em sua época uma pessoa que merece destaque é Raimundo Sales de Macedo, um dos fundadores do bloco os caras brancas que saiam pelas ruas de Picuí com marchinhas. Visitava os amigos durantes os dias de folia com o bloco do Zé Pereira (cabeção), tinham ainda os papangus e as pessoas que saiam mascaradas para esconder sua verdadeira identidade. Aconteciam os bailes no Picuí clube, sempre bem decorado com serpentinas, máscaras e confetes. A animação ficava por conta de alguns membros da Orquestra Antonio Xavier, comandada pelo mestre Alfredo, que contava com o talento de músicos como Nino Costa, Agrião, Zé Belém, Chico Preto e João Costa

José Faustino, filho de Faustino Casado e Madalena Buriti mora na Rua Samuel Antão de Farias. Disse que sempre gostou dos carnavais de Picuí e que participou de vários blocos ao lado de foliões como Etiene. No bloco participavam diferentes pessoas com trajes variados que podia ser Bermuda e camiseta do bloco, chapéus, alguns usavam cachimbo, outros tocavam fole animando a folia pelas ruas Picuí e Parelhas que participava. Tinha o Cabeça de boi, o fole de Antonio de Bina, a fantasia de mulher usada por Delmiro, ainda tinha o som do triangulo, zabumba e tambor.

Eliel Batista é filho de José Macedo dos Santos e mora na Rua tenente José Manuel Dantas no bairro Limeira. Disse que participa do carnaval de Picuí há pouco tempo, e que sempre sai fantasiado de mulher com o nome de Leona, e que faz parte do grupo de foliões que realiza o jogo das Virgens do Limeira que acontece todo ano e reúne uma multidão. Sobre os antigos carnavais sabe apenas o que as pessoas contam que existiam dois blocos: Os caras brancas e Os caras pretas e que geralmente quando se encontravam aconteciam discussões.

Edielson de Azevedo é filho de Maria José Azevedo e Luiz Neto e mora na Rua José Patrício Dantas. Ele diz que o carnaval que participava sempre foi bom porque corria atrás do boneco de Zé pereira, que era um cabeção de boneco. Participava do bloco de Delmiro que era animado pela charanga da época e que saia pintado de branco de goma e coloral. Disse ainda, que o melhor era quebrar ovo nas cabeças dos outros foliões que saiam pelas ruas e que também gostava de jogar água de esgoto nas pessoas.
Valorize nossos estudantes. Divulgue seus trabalhos e reconheça a autoria.
Pesquisa realizada pelos alunos da Escola Municipal Ana Maria Gomes - 2009
Orientação Professor Robson Rubenilson
Fontes:
A carne de sol de Picuí
Esboço histórico de Picuí
Picuí ontem e hoje
Depoimentos personalidades de Picuí

domingo, 4 de outubro de 2009

ocalização, clima, vegetação e IDH de Picuí



Localização

Longitude: -36.340º
Latitude: -6.555º
Mesorregião: Borborema
Microrregião: Seridó Oriental

Distância à Capital - 244.10 Km
Área - 665.57 Km²

Densidade Demográfica/2000 - 24.4 hab/Km²
Altitude da sede - 439 m

Limites:

Limita-se ao NORTE com o Estado do Rio Grande do Norte; ao SUL, com Nova Palmeira, Pedra Lavrada e Baraúna (PB); ao LESTE, com os municípios de Cuité e Nova Floresta (PB); e ao OESTE, com o município de Frei Martinho (PB) e Carnaúba dos Dantas (RN).

Acesso

O acesso a partir de João Pessoa é feito, inicialmente, através da rodovia federal BR-130, em trecho de 191km até a cidade de Soledade, passando por Campina Grande.

Clima

O clima é do tipo semi-árido (desértico), quente e seco, com temperatura média de 26º.

Vegetação

A vegetação nativa predominante no município é a Caatinga, do tipo arbustivo-arbórea, destacando-se a jurema, marmeleiro, mandacaru, xique-xique, facheiro, macambira e árvores de pequeno porte como catingueira, umburana e juazeiro. Postado por prof. Robson Rubenilson.

IDH

2000 -Média: 0.606

IDH- Renda
0.526

IDH- Longevidade
0.594

IDH-M Educação
0.698

fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

Estimativas da População

2001 - 18066
2009 - 19455


Fonte: IBGE

Economia de Picuí


Economia

As atividades econômicas que compõem a renda do município são distribuídas na agricultura, pecuária, comércio, serviços e indústrias com destaque para extração mineral através do granito, a mica, o caolin e tântalo. Picuí está entre os municípios que mais exportam na Paraíba, ocupando a 10ª posição no ranking estadual, com participação de 0.2% nas exportações do Estado, segundo dados publicados na Revista Análise (Anuário 2005-2006), sendo o município que mais se desenvolveu no Estado da Paraíba em 2005, com um crescimento em torno de 39% em arrecadação de ICMS, conforme dados da Secretaria de Estado da Receita.

História de Picuí


Síntese histórica



As primeiras incursões para colonização de Picuí ocorreram entre 1704 e 1706, quando o Presidente da Província da Paraíba era Fernando Barros Vasconcelos. No dia 26 de dezembro de 1704, Dona Isabel da Câmara, Capitão Antônio de Mendonça Machado, Alferes Pedro de Mendonça Vasconcelos e Antônio Machado requereram, e obtiveram por sesmaria, três léguas de terra (18 km) no riacho chamado PUCUHY. Posteriormente, no inicio do século XIX, outras famílias que vinham dos estados vizinhos requereram e obtiveram sesmarias nesta região, onde implantaram propriedades e algumas fazendas de gado, entre elas estavam Conde D'Ávila, Joaquim José da Costa, Capitão Antônio de Mendonça Machado, Lázaro José Estrela, João Ferreira de Farias, Maximiano José da Costa, Antônio Ferreira de Macedo, Estevão José da Rocha e Vicente Ferreira de Macedo.
No local onde hoje se encontra a igreja matriz ficava o curral de gado da fazenda de Lázaro José Estrela. Ele havia cavado uma cacimba na confluência dos rios das Várzeas e do Pedro e, nos períodos de estiagem, abastecia os moradores das adjacências. Essa cacimba era bastante freqüentada por uma espécie de pomba, conhecida como Pucuhy, que, em suas águas, saciavam a sede. Por esta razão, o local passou a ser chamado de Pucuhy. Posteriormente o nome foi mudado para Picuhy - uma palavra composta, unindo Pico (da serra Malacacheta) ao hipsilon (Y), forma da confluência dos dois rios. Na nova ortografia, o nome passou a ser escrito Picuí.
Entre 1750 e 1760, novas correntes de povoamento se registraram com a aquisição de algumas propriedades, que tinham sido instaladas pelos primitivos. O povoamento inicial da região ocorreu onde hoje se encontra o município de Pedra Lavrada, tendo sido construída a primeira capela em 1760. No ano de 1856, o Nordeste brasileiro foi cenário de uma terrível epidemia de cólera-morbo, que matou milhares de pessoas. Os moradores da região, assustados com a mortandade e liderados pelo Coronel José Ferreira de Macedo, decidiram recorrer ao Mártir São Sebastião e juntos fizeram uma promessa ao santo. Após constatarem que não havia mais o surto da doença começaram a construir a capela de São Sebastião, hoje matriz de São Sebastião, padroeiro da cidade. Paralelamente à construção da capela, o Coronel construiu a primeira casa do povoado, conhecida como "A Venda Grande". Ele ocupou o cargo de fiscal e, com o seu prestígio, conseguiu trazer para o aglomerado o primeiro mestre-escola, o primeiro costureiro de roupas masculinas e o primeiro mestre de música. Dizem até que foi ele quem sugeriu o acréscimo de Triunfo ao nome de São Sebastião.
No dia 3 de setembro de 1857, o Padre Francisco de Holanda Chacon, de Areia, celebrou a primeira missa e, em volta da capela, surgiu o povoado de São Sebastião do Triunfo.Em 1874, através da Lei Provincial nº 597 de 26 de novembro, foi criado o Distrito de Paz da Povoação de São Sebastião do Triunfo. O distrito passou a chamar-se apenas de Triunfo. Mas, em 1888, quando a povoação foi elevada à categoria de vila pela Lei Provincial nº 876 de 27 de novembro, o nome passou a ser Picuhy.
O município de Picuí foi criado pelo Decreto nº 323 de 27 de janeiro de 1902, sendo instalado no dia 9 de março, a Lei Estadual nº 212 de 29 de outubro de 1904 mudou a sede do município de Cuité para Picuí. No ano de 1924, em 18 de março, Picuí passou ao posto de cidade através da Lei Estadual nº 599. Ao longo do século XX diversos municípios se desmembraram de Picuí, a exemplo de Cuité/Barra de Santa Rosa (1936), Nova Floresta (1959), Pedra Lavrada (1959), Cubatí (1959) Frei Martinho (1961) e Baraúna (1996). Postado por prof. Robson Rubenilson.



Fonte: Abilio César (Esboço histórico), Famup e Projeto Repensando Picuí

Aspectos culturais de Picuí


Aspectos culturais de Picuí



Um dos maiores patrimônios culturais do nosso município é a Filarmônica Coronel Antônio Xavier de Macedo, que, há mais de um século, traz às ruas de Picuí velhos, jovens e crianças, e faz a alegria das festas religiosas e políticas desta cidade. Além da Filarmônica Municipal, nossa cultura conta com várias fanfarras, picuienses de renome em muitos dos seus setores: José Crisólogo (artista plástico); Antônio Henriques Neto (poeta); Maria Áurea Ferreira (Nenen poetisa) Felipe Tiago Gomes (Comendador da Educação Brasileira); Marcos Macedo (músico); o humorista Rossini Macedo, que desponta no cenário nacional com o personagem “Tonho dos Couros”, além de diversos grupos musicais, mais de dez quadrilhas e um grupo de xaxado – “Guerreiros do Sol”.

Filarmônica Cel. Antonio Xavier

Fundada em 1880, por iniciativa do Cel. José Ferreira de Macedo, e revitalizada pelo líder político Cel. Antonio Xavier, a Banda de Música de Picuí é hoje a terceira banda de música mais antiga do Estado da Paraíba. Composta atualmente por 30 músicos, tendo como maestro o Sr. José Carlos da Silva, apresenta um repertório bem diversificado, do clássico ao moderno, encantando todos com suas tocatas e retretas nos eventos do nosso calendário festivo.

Quadrilha Fogo no Rabo

Uma das mais antigas quadrilhas de Picuí é a Fogo no Rabo, que mantém a tradição da comunidade do bairro Monte Santo.A Quadrilha, vencedora do I Concurso de Quadrilhas Juninas- edição 2006. Participa do Festival da Carne-de-Sol. Durante suas apresentações, a "Fogo no Rabo" faz uma homenagem ao professor Felipe Tiago Gomes, fundador da CNEC, que é picuiense.

Quadrilha "Me chama que eu vou"

Garra, desenvoltura e muita criatividade faz com que a quadrilha "Me chama que eu vou" - do bairro Pedro Salustino - abrilhante as festividades juninas em Picuí.

Grupo de dança "Guerreiros do Sol"

O grupo de dança "Guerreiros do Sol" foi criado em junho de 2005. Composto por adolescentes do programa social Agente Jovem de Desenvolvimento Humano, o grupo tem 25 componentes e apresenta danças folclóricas.

Sítios arqueológicos

O município conserva em alguns de seus lajedos inscrições rupestres que formam sítios arqueológicos, além de algumas gravuras identificadas isoladamente. Cerca de 11 sítios arqueológicos compõem esse patrimônio cultural e histórico, além de muitos outros que já foram encontrados e estudados pelos alunos do Projeto Repensando Picuí e pela equipe Trilhas da Caatinga, mas que faltam catalogação científica.

Sítio arqueológico Cachoeira do Pedro

Cachoeira do Pedro ou "Vale Encantado"Localizado no sítio Pedro, a 6 Km da cidade, este sítio arqueológico apresenta inscrições na tradição Itacoatiara . As gravuras estão distribuídas em cerca de 11 painéis que se apresentam em bom estado de conservação, embora tenham pichações próximas e sobre algumas gravuras. O Sítio arqueológico Cachoeira do Pedro pode ser considerado o maior sítio arqueológico do município, em virtude do número de painéis e das formas emblemáticas, muito semelhante aos grafismos presentes no Sitio Arqueológico Pedra do Ingá (PB).

Sítio arqueológico Pedra do Tubiba

O painel da Pedra do Tubiba no Sítio Volta encontra-se em estado de conservação razoável com desgaste natural acentuado. Também de superfície lisa, as gravuras bem próximas ao chão, apresentam contornos pintados de vermelho. A maioria dos traços é vertical. Algumas representações são emblemáticas, a exemplo das Emas. Podemos citar também as muitas fileiras de figuras geométricas.

Sítio arqueológico Abrigo do Poço

Cinco gravuras, em bom estado de conservação e superfície rochosa lisa, compõem o “Abrigo do Poço” na comunidade Conceição. Esse painel não é profundo e está abrigado por blocos abatidos, em um vale de rio.

Cemitério Indígena

Na Fazenda Malhada de Dentro, mais precisamente na vertente do riacho “Cachoeira do Mulungu”, em uma área de aproximadamente 400 m, existe um cemitério indígena a céu aberto com montículos de quartzo amontoados.

Sítio arqueológico Cachoeira das Pinturas

Este sítio fica localizado na Fazenda Cacimba das Cabras. Apenas um painel com gravuras pouco profundas e contornadas com pigmento vermelho forma a Cachoeira das Pinturas. No entanto, podemos encontrar algumas figuras isoladas não contornadas e ainda menos profundas.

Praça Temática

A Praça Temática “José Líbio Dantas” é uma construção moderna que apresenta as principais características do município de Picuí: o minério explorado na região, como o granito bordô; a fauna, com esculturas de alguns animais; a flora, plantas nativas como os cactos: coroa-de-frade, macambira, xiquexique, mandacaru e palma; e a escultura de um churrasqueiro - “Seu Quenca” - servindo a carne-de-sol, marca de Picuí.Uma curiosidade da Praça são as esculturas dos animais: o bode, o jumento, o cavalo, a cabra, a vaca e o touro, figura onipotente que recepciona o turista. Esculpidas pelo artista plástico picuiense José Crisólogo, as esculturas foram confeccionadas em fibra de vidro e cimento e apresentam tamanho natural, o que as torna bem reais.

Desfile Cívico-Escolar

Em alusão às comemorações da Independência do Brasil, a Prefeitura de Picuí, através da Secretaria de Educação, resgatou o desfile cívico-escolar.Cerca de cinco mil alunos das redes de ensino municipal, estadual e particular percorrerem as principais avenidas da cidade com um diferencial: o desfile resgatou a veia cultural e artística do povo de Picuí, através de uma multiplicidade de temas. Um público de aproximadamente 10 mil pessoas prestigia anualmente o evento. Na avenida o público presente fica extasiado com o banho de cultura, a criatividade dos professores e o entusiasmo do corpo discente. A cidade literalmente para ao assistir ao desfile escolar, que é conduzido pela centenária Filarmônica “Coronel Antônio Xavier de Macedo”, de Picuí, e pelas bandas e fanfarras do município e cidades vizinhas como Pedra Lavrada e Barra de Santa Rosa na Paraíba, Coronel Ezequiel, Jaçanã e Carnaúba dos Dantas do Rio Grande do Norte.
Festival da Carne-de-Sol

O evento reúne o melhor da gastronomia das regiões do Curimataú e Seridó, com destaque para a Carne-de-Sol mais famosa do país.É realizado um grande Festival, com um enfoque diferenciado dos tradicionais carnavais e são-joãos fora-de-época tão comuns nos municípios paraibanos. Uma ampla programação de shows, arraial gastronômico, concursos, monumentos à carne-de-sol, seminários e palestras temperam ainda mais o diferenciado Festival, ainda é realizado exposição de animais e produtos do Curimataú e Seridó, onde reuni o melhor do artesanato e dos bens culturais da região.Outro atrativo do Evento é o Concurso da Rainha da Carne-de-Sol.

Festa de São Sebastião

Em janeiro os devotos de São Sebastião comemoram o Santo Padroeiro no dia 20.Padroeiro de Picuí, São Sebastião consegue trazer todos os anos a sua terra natal os picuienses ausentes.Com uma programação religiosa e social a “Festa de Janeiro”, como é conhecida, acontece há 151 anos.Na programação religiosa a Procissão é o ápice da devoção e admiração que os católicos têm pelo santo, seguido do leilão e do novenário. Já na parte social a festa é repleta atrações: shows, corrida de jegue e a tradicional retreta feita pela Filarmônica Coronel Antonio Xavier de Macedo

Caminhada Ecológica em Picuí.

Desde 2009 que acontece a Caminhada Ecológica em Picuí. Organizada pelo grupo “Trilhas na Caatinga”, em parceria com a Prefeitura de Picuí, Banco do Brasil e comércio local, a caminhada tem um percurso envolvente.Em uma da trilhas o ponto de partida é o sítio arqueológico Cachoeira do Pedro, com final no sítio Cacimba das Cabras, sítio arqueológico do município.O objetivo da caminhada é divulgar as riquezas naturais e arqueológicas do município.